No documento, os participantes defendem responsabilidades comuns, porém diferenciadas, entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. O documento prevê ainda a transferência de tecnologias para nações menos favorecidas, o compromisso com a erradicação da pobreza em todo o mundo e a inclusão do capital natural no centro dos debates. Os integrantes da cúpula também firmaram o acordo de se reunirem a cada dois anos, no Rio de Janeiro, para avaliar os avanços na implementação de compromissos definidos na Rio+20.
O encontro teve início na sexta-feira (15) e contou com a presença de 38 presidentes de parlamentos; mais de 80 países foram representados por cerca de 300 parlamentares. O encerramento aconteceu neste domingo (17), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) afirmou que é “preciso trocar experiências para aperfeiçoar a legislação dos países, além de ampliar os processos de monitoramento das decisões tomadas pelos governos nacionais”.
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) disse que, no encontro, foi assinado o compromisso de lutar pela economia verde, pela sustentabilidade com inclusão social e pelo respeito ao meio ambiente, protegendo a soberania de cada país.
Ações locais
Durante a cúpula, legisladores apresentaram medidas que estão sendo adotadas em seus países. A Colômbia está a seis meses de concluir um processo de medição dos recursos naturais, para então propor uma legislação valorando economicamente estes recursos. O Vietnã quer propor o pagamento por serviços ambientais.Na União Europeia, os países se uniram em esforços para medir seus níveis de poluição e propor a tributação de quem consome recursos naturais.
No Brasil, vários projetos tramitam no Congresso. Um dos mais discutidos é o Projeto de Lei 2900/11, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que cria o “PIB Verde”, segundo o qual seriam considerados para o cálculo das riquezas brasileiras os critérios econômicos tradicionais, acrescidos de informações sobre o patrimônio ecológico nacional.
Porém, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que alguns aspectos do “capital natural” são intangíveis e não podem ser discutidos apenas sob a ótica econômica. “Como é que se valoram os aspectos culturais e religiosos daqueles que habitam as florestas? Como é que se mede regulação de clima?” questionou a parlamentar.
Íntegra da proposta:
Edição – Marcelo Westphalem
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