Imóvel na Avenida Itaberaba, Freguesia
do Ó, onde funcionava supermercado
Menos de 24 horas depois do Tribunal de Contas do Município (TCM)
suspender a Parceria Público-Privada (PPP) da Secretaria da Saúde, o prefeito
Gilberto Kassab adotou outra estratégia para tentar emplacar sua promessa
eleitoral de construir três novos e modernos hospitais. O Diário Oficial do
Município de quinta-feira da semana passada, 17de maio, publicou decretos
declarando de utilidade pública áreas na Vila Carrão, Cidade Dutra e Freguesia
do Ó para implantar unidades hospitalares em prédios adaptados. Em vez dos 550
leitos prometidos, agora são 175. Num dos imóveis, que serão desapropriados, na
Avenida Itaberaba, Freguesia do Ó, até pouco tempo funcionava o Supermercado
Dia.
Além dessa área, as demais também serão improvisadas para receber hospitais.
No prédio desocupado da Avenida Conselheiro Carrão com Rua Luís Pinto, abrigava
hospital e maternidade particulares. A medida do prefeito foi uma resposta à
suspensão das PPP pelo TCM. A decisão unânime do TCM aconteceu na véspera do
anúncio dos decretos, no dia 16 maio.
Lançada em dezembro de 2010, a PPP teve a entrega dos envelopes da
licitação adiada por 14 vezes pela própria Prefeitura. A versão é que os
seguidos adiamentos na licitação ocorreram por dificuldades em encontrar
empresas interessadas, uma vez que o retorno do investimento só começaria
quando as unidades de saúde estivessem concluídas.
Pelo plano original da PPP, a empresa vencedora da licitação
deveria construir os três novos hospitais e reformar os demais. Como
contrapartida poderia explorar os serviços não clínicos, como alimentação,
limpeza, segurança, estacionamento e limpeza.
De acordo com TCM, o edital deveria ter pedidos de maiores garantias
econômico-financeira das empresas participantes. Além disso, necessitaria de um
estudo atualizado de valores. A licitação começou no ano passado e neste
período houve mudanças econômicas.
Com mudança de planos, os três locais foram alterados. Inicialmente,
pela PPP seriam contemplados com novos hospitais o Artur Alvim, Brasilândia e
Parelheiros. Além disso, a expansão de leitos-SUS é bem menor do que a
prometida e ainda está distante do ideal. Com população de mais de 11 milhões
de habitantes, São Paulo tem 15.467 leitos e, conforme padrões do Ministério da
Saúde, são necessários mais 12.843 leitos.
“Agora, se conseguir reformar esses imóveis a tempo do final de
seu mandato serão apenas 175 leitos, bem menos do que os 550 só com os três novos
hospitais”, declarou a vereadora Juliana Cardoso (PT), integrante da Comissão
de Saúde da Câmara Municipal. “A falta de mais leitos na cidade traz
consequências óbvias como dificuldades de internações e elevados tempos de
espera para a população ser atendida”.
Assessoria de
Imprensa
Vereadora Juliana
Cardoso
André Kuchar (MTb 15.513).
Telefones 3396-4315 e 3396-4351
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