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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Supermercado será adaptado em hospital prometido por Kassab

 Vereadora Juliana Cardoso (PT): “falta de leitos traz dificuldades de internações”


Imóvel na Avenida Itaberaba, Freguesia do Ó, onde funcionava supermercado 



Menos de 24 horas depois do Tribunal de Contas do Município (TCM) suspender a Parceria Público-Privada (PPP) da Secretaria da Saúde, o prefeito Gilberto Kassab adotou outra estratégia para tentar emplacar sua promessa eleitoral de construir três novos e modernos hospitais. O Diário Oficial do Município de quinta-feira da semana passada, 17de maio, publicou decretos declarando de utilidade pública áreas na Vila Carrão, Cidade Dutra e Freguesia do Ó para implantar unidades hospitalares em prédios adaptados. Em vez dos 550 leitos prometidos, agora são 175. Num dos imóveis, que serão desapropriados, na Avenida Itaberaba, Freguesia do Ó, até pouco tempo funcionava o Supermercado Dia. 
Além dessa área, as demais também serão improvisadas para receber hospitais. No prédio desocupado da Avenida Conselheiro Carrão com Rua Luís Pinto, abrigava hospital e maternidade particulares. A medida do prefeito foi uma resposta à suspensão das PPP pelo TCM. A decisão unânime do TCM aconteceu na véspera do anúncio dos decretos, no dia 16 maio.
Lançada em dezembro de 2010, a PPP teve a entrega dos envelopes da licitação adiada por 14 vezes pela própria Prefeitura. A versão é que os seguidos adiamentos na licitação ocorreram por dificuldades em encontrar empresas interessadas, uma vez que o retorno do investimento só começaria quando as unidades de saúde estivessem concluídas.
Pelo plano original da PPP, a empresa vencedora da licitação deveria construir os três novos hospitais e reformar os demais. Como contrapartida poderia explorar os serviços não clínicos, como alimentação, limpeza, segurança, estacionamento e limpeza.
De acordo com TCM, o edital deveria ter pedidos de maiores garantias econômico-financeira das empresas participantes. Além disso, necessitaria de um estudo atualizado de valores. A licitação começou no ano passado e neste período houve mudanças econômicas.
Com mudança de planos, os três locais foram alterados. Inicialmente, pela PPP seriam contemplados com novos hospitais o Artur Alvim, Brasilândia e Parelheiros. Além disso, a expansão de leitos-SUS é bem menor do que a prometida e ainda está distante do ideal. Com população de mais de 11 milhões de habitantes, São Paulo tem 15.467 leitos e, conforme padrões do Ministério da Saúde, são necessários mais 12.843 leitos.     
“Agora, se conseguir reformar esses imóveis a tempo do final de seu mandato serão apenas 175 leitos, bem menos do que os 550 só com os três novos hospitais”, declarou a vereadora Juliana Cardoso (PT), integrante da Comissão de Saúde da Câmara Municipal. “A falta de mais leitos na cidade traz consequências óbvias como dificuldades de internações e elevados tempos de espera para a população ser atendida”.   




Assessoria de Imprensa
Vereadora Juliana Cardoso
André Kuchar (MTb 15.513).
Telefones 3396-4315 e 3396-4351



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