WWW . Seu Portal em Midia Impressa: Estados Unidos não pretendem deter monopólio da ciência, diz enviado de Obama ao Brasil

quarta-feira, 14 de março de 2012

Estados Unidos não pretendem deter monopólio da ciência, diz enviado de Obama ao Brasil

Os Estados Unidos, um dos países que mais atraem pesquisadores brasileiros, não pretendem deter o monopólio da ciência e tecnologia no mundo, segundo o conselheiro para Ciência e Tecnologia e diretor do Escritório da Casa Branca de Políticas para Ciência e Tecnologia, John P. Holdren. Ele disse que a pesquisa só faz sentido se houver integração entre os países e o intercâmbio de conhecimento.

“Nenhum país tem o monopólio de ciência e tecnologia. Cada vez mais faz sentido trabalhar [de forma integrada]. Claro que precisamos cada vez mais de norte-americanos falando português. Não temos o luxo de não cooperar. Isso exige intercâmbio e cooperação. Os recursos são tão escassos que é preciso cooperar, costuma dizer o presidente [norte-americano] Barack Obama”, destacou o conselheiro.

“Os Estados Unidos têm tradição de receber imigrantes e veem com bons olhos pessoas de ciência e tecnologia”, disse o físico Eduardo do Couto e Silva, do Centro de Estudos Estratégicos (CEE). Couto e Silva passou os últimos 20 anos fora do Brasil participando de projetos de pesquisas. Segundo ele, os Estados Unidos começam a ter dificuldades para reposição de cientistas no país. “Também é um problema manter essas pessoas [pesquisadores de alto nível] nas sociedades desenvolvidas”.

Desde segunda-feira (12), norte-americanos e brasileiros participam de uma série reuniões em Brasília para a terceira etapa da Comissão Mista de Ciência e Tecnologia Brasil-Estados Unidos. As reuniões ocorrem quase um mês antes da viagem da presidenta Dilma Rousseff a Washington – ela seguirá para lá nos dias 9 e 10 de abril.

Também fizeram parte das mesas de debate o ministro da Ciência, Tecnologia e Informação, Marco Antonio Raupp, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento da pasta, Carlos Nobre, e o embaixador Benedito Fonseca Filho, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Itamaraty.

A previsão do governo brasileiro é, nos próximos quatro anos, enviar 20 mil pesquisadores aos Estados Unidos, desde alunos de graduação a cientistas com pós-doutorado. (Fonte: Agência Brasil)

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